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  • Foto do escritorSonaira D'Ávila

Home, sweet home!

Atualizado: 11 de out. de 2019


Finalmente cheguei ! Os semestres que passo no Brasil tem sido bem tensos, numa cidade que se envaidece de ser " Maravilhosa", onde o cidadão desconhece a liberdade e é refém do medo! Uma cidade cenográfica com todos os problemas e mais alguns em um estado falido com mais de 16 MILHÕES de habitantes.

Aqui , num país de língua " rascante" , tudo se harmoniza . Aqui na Alemanha, a primavera me dá boas vindas e me perco sózinha seguindo os sinais ….sem medo!

Hoje fazem 3 semanas que desembarquei e juro que tenho rezado para chover.

Sim, preciso de dias em casa para arrumar tudo. Desfazer malas, reorganizar armários, fazer faxina, lavar roupas, passar roupas, escrever. Algumas tarefas esperam desde o ano passado par serem realizadas. Ou eu faço ou ninguém fará. A gente no máximo adia um pouco. Os dias de sol me fazem esquecer e empurrar pra amanhã alguma delas.

Três semanas atras me despedi de um Rio nublado, dum inverno que se anunciava cinza. Nestes seis meses que se passaram foi difícil me controlar pra não me transformar numa chata que reclama da baia poluída que avista da janela, do bombeiro que “ tá indo e não vai”, da insegurança, das ruas que fedem, do asfalto esburacado, do caos na esquina que as pessoas já se acostumaram e juram ser normal.

Como foi difícil administrar a critica sem deixar de ver o que é legal. E exercitar a perseverança sem deixar de admirar onde está o belo? E nos pequenos gestos, lugares, encontros…. celebrar a vida e o que existe no nosso entrono, seja onde for. Foi o desafio!Confesso que foi uma tarefa bem estranha, quase esquizofrênica ,manter um olhar estrangeiro, que descobre o mundo com a leveza da curiosidade e não se compromete com nada. Tenho minhas dúvidas se consegui! Bem que tentei.

Na chegada, as temperaturas estavam pau a pau em degree, logo não deu pra sentir tanto o choque térmico dos 14 graus quando aterrizei na Alemanha. Já tinha trocado as minhas rasteirinhas por botinhas e tava tudo bem.

É fato que amo cada vez mais me sentir local de novo.

A feira nas sexta-feiras, os produtos da estação, o gosto do aspargo branco, a doçura dos morangos, o cheiro de cenoura nova, recém colhidos-mesmo.

O inverno impõe um outro ciclo, que nós “cariocas”, nem imaginamos que existe. Por aqui, se faz reserva de comida no keler, e coisas “fresquinhas” são um raro prazer. A primavera é um espetáculo de vida que “acorda” e desabrocha com o calor, que expulsa a todos de casa. Os dias frios da primeira semana já desapareceram e acreditem, tem feito calor por aqui.

30 GRAUS!

Eu trouxe o sol na mala !!!

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