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  • Foto do escritorDo Rio pra cá

Minha primeira vez no México


Sentada no saguão do aeroporto a espera do avião de volta para L.A, tento achar as palavras que descrevam meus últimos 5 dias na tão sonhada Riviera Maia.

Por anos folheava revistas de viagem, admirando o cristalino azul do mar do Caribe, as deslumbrantes ruínas Maias e claro, os Resorts All Inclusive. Com o dólar altíssimo, o sonho ficou engavetado, até que, agora moradora da Califórnia e detentora de um Green Card (Uhuuuu), me dei de presente – ou melhor – ganhei de presente do meu marido pelo nosso aniversario, uma viagem ao Caribe.

E posso dizer que estoy enamorada. As fotos e vídeos não dão jus ao paraíso que me esperava.


Depois de ler e reler reviews dos inúmeros resorts da região, optamos pelo Occidental Grand Hotel Xcaret. E não poderia ter feito escolha melhor! Com mais de 700 quartos, o

hotel tem um paisagismo belíssimo, cercado por rios e florestas e uma praia particular que tornou o Resort a escolha perfeita! De águas cristalinas, com pequenas tendas na areia para você passar o dia “lagarteando”, o difícil foi sair do resort pra explorar as redondezas. Que o diga meu marido, que começava o dia com uma Marguerita e terminava com um Xcaret Paradise (drink local M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O a base de coco, melão, maça e rum). Prepare-se para dar de encontro com Macacos Aranhas, quatis e até um filhote de Veado. Ah, e milhares de lagartos espalhados. Cuidado para não pisar em um. O lugar realmente é deslumbrante e voltaremos com certeza.

Como tínhamos apenas 4 dias, não pudemos explorar todas as atividades – que são inúmeras - então tivemos que escolher a dedo o que faríamos. Sou daquelas que odeia excursões, guias turísticos e locais forrados de turistas. Resolvemos então alugar um carro no aeroporto de Cancun para que tivéssemos autonomia. Infelizmente o serviço foi péssimo. Além de não ter o carro que queríamos, o valor ficou o dobro do cobrado pela Expedia e ficamos mais de 2 horas esperando pelo carro. Mas problemas a parte, não me arrependo, pois pudemos criar nossos horários e passeios.

EK BALAM

Depois do primeiro dia encantados com o hotel – e os drinks – escolhemos conhecer as ruínas Maias (meu sonho de criança). Depois de ler alguns reviews, decidimos pular Chichén Itza e irmos direto pra Ek Balam, onde além de ter a companhia de poucos turistas, poderíamos subir nos templos.


Acordamos às 6:30 da manhã, tomamos nosso reforçado café e duas horas depois, por uma estrada de dar inveja ao Brasil, chegamos na entrada do parque, que tem estacionamento gratuito. Compramos os ingressos e entramos no parque, por onde caminhamos alguns metros até darmos de cara com o Arco de Entrada. Além de uns dois grupos de uma excursão, o sítio estava vazio. Parecia que estávamos o descobrindo, com suas conservadas ruínas cercadas pela intocável selva. Caminhados na contramão dos turistas, o que nos

permitiu ficar ainda mais sozinhos, até chegarmos na base da imponente Acropolis, a maior estrutura de Ek Balam. Começamos a subida – íngreme mas tranqüila – até o topo. Na metade do caminho fomos surpreendidos pelo Templo El Trono, onde o rei Ukit Kan Le'k Tok' foi enterrado e aonde existe um maravilhoso mural com escrituras e esculturas. Impressionantemente bem conservado. Mais alguns degraus e chegávamos ao topo, onde uma vista deslumbrante nos esperava. Ficamos sozinhos por alguns minutos, imaginando aquela civilização em seu esplendor, diante do seu legado praticamente intacto depois de tantos anos. Uma experiência única.

CENOTE XCANCHÉ

O calor era brutal e como planejado, seguimos para nossa próxima parada: O Cenote Xcanché, a 1.5 km das ruínas. Alugamos duas bicicletas por ali mesmo e alguns minutos depois éramos recebidos pelo guarda, que nos orientou a tomar uma ducha e nos indicou o caminho. Nunca havia visto nada parecido. Cenotes significam em Maia “caverna com depósito de água”. Com o tempo, a parte superior destas cavernas cederam, revelando poços de águas transparentes e frescas. Parece saído do filme Avatar. Mágico. Indescritível. Fomos recebidos por centenas de passarinhos que voam em círculo sem parar, como que festejando a chegada dos novos visitantes. Pegamos umas bóias que ficam à disposição e nadamos por 1 hora antes de pegarmos a estrada novamente (a previsão de tempestade nos fez acelerarmos nossa programação). Se você tiver que escolher apenas um passeio, que seja esse.

Após a tempestade, fomos conhecer a famosa Quinta Avenida, uma rua fechada para carros em Playa Del Carmen, com inúmeras lojas de marcas e restaurantes, um mais lindo que o outro. Aqui descobrimos existir dois preços: um para Americanos e outro para Brasileiros. Como meu marido é loiro, sempre éramos confundidos com o primeiro, e após esclarecermos nossa nacionalidade, o preço baixava pela metade.

TULUM

Nosso terceiro dia, como era de se esperar, foi no hotel, recuperando-se das aventuras do dia anterior e no nosso ultimo dia, fechamos com chave de ouro.

Há apenas 40 minutos do hotel, encontram-se as ruínas de Tulum, a única cidade Maia construída no litoral, banhada por águas de um azul turquesa belíssimo. Secos por um café, fomos surpreendidos por um Starbucks logo na entrada! Começo de passeio perfeito para uma viciada em café como eu. Depois de visitar Ek Balam foi difícil de nos empolgarmos com as ruínas, ainda mais por elas estarem cercadas, mas a localização realmente é deslumbrante. Já na metade do percurso, resolvemos descer até a pequena praia para nos refrescarmos e meditarmos. O antigos construíam suas cidades e templos em interseções de linhas energéticas da Terra chamadas de Linhas de Ley, aonde acredita-se que esta concentração de energia potencialize a meditação e forças mágicas. Mesmo com os inúmeros turistas, é inegável a energia do lugar.

CENOTE JARDIN DEL ÉDEN

Em seguida partimos para conhecer o cenote Jardin Del Éden, há 20 minutos de Tulum e do hotel. Por apenas $3.00, chegamos ao Paraíso. De incrível água cristalina e verde, o cenote é perfeito para mergulhar – aluguel de snorkel e equipamento de mergulho disponível no local – e fazer as cutículas. Sim, fazer as cutículas. A água é forrada de pequenos peixinhos que assim que você se senta nas inúmeras pedras do cenote, se aproximam e começam a comer as peles mortas dos seus pés. No início faz muita cosquinha e dá muito nervoso, mas logo você se acostuma. Adoramos a experiência.

Infelizmente nossa viagem chegou ao fim, mas já temos inúmeros planos para volver.

Dicas:

  • A maioria dos Resorts cobram pela internet. Por sorte minha companhia telefônica de Los Angeles, a T-Mobile, me permite usar internet, ligar e mandar mensagens como se estivesse nos EUA. Eles têm cobertura no México e Canadá. Parecido com o Brasil, né?

  • No hotel: Para o almoço escolha o Le Buffet perto do lobby (a comida é melhor do que o que fica próximo à praia) e para a janta, vá ao Sonora Grill e peça a deliciosa carne Arrachera (de morrer comendo).

  • Compramos o pacote de hotel e avião pela Expedia, que saiu pela metade do preço! Vale muito a pena.

  • Troque dólar no aeroporto de Cancun. Foi a melhor taxa que encontramos. Se você compra algo em dolár, eles dão o troco em Peso com uma taxa de cambio muito menor.

  • Ao meio dia, Ek Balam está praticamente vazia!

  • Não se esqueça de pedir o precinho pra Brasileiro. Você pode se surpreender.

Espero que goste das minha dicas e se apaixone pelo México assim como eu me apaixonei!

Hasta luego,

Larissa

Preços:

Resort: Occidental Grand Xcaret Resort:

Ek Balam: $5.00

Aluguel de bicicleta: $3.00

Cenote Xcanché: $3.00

Tulum: $5.00

Cenote Jardin Del Éden: $3.00

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