Casamento me emociona. Tive dois. A certeza de que nada pode dar errado é comovente. O amor eterno na Inglaterra e hoje, no Castelo de Lewes, um casal dizia sim. Eu me distraía com a História e seus reis e de repente, fui fisgada pelos olhos da noiva. Aquele cuidado impecável. A pele tão limpa e perfumada, os cabelos caros, as flores quase tão brilhantes quanto os olhos. No nervosismo, esperança. Fé no amor. Certamente aquele homem será sempre gentil, delicado, paciente, elegante. O vestido exibe o capricho e respeito pela cerimônia. Foi o melhor que conseguiu.
Meus olhos seguiram os passos da moça em direção ao seu futuro, igual ao de tanta gente que já conhece a história cambaleante do final feliz. Pelas escadas, pedaços de promessas. Corações palpitavam através de palavras ofegantes vindas da poesia mais sofisticada que já existiu. Acompanhando a esperança de amor eterno, bilhetinhos de Bronte, Plath, Woolf, Neruda, Hemingway, Fitzgerald, Bukowski, feito testemunhas. Deixei-me perder sem permitir a chegada do cinismo que invariavelmente se instala no tapete da sala feito um cachorro triste.
Em verdade vos digo: a rotina é irresistível ao charme do relógio e seus ponteiros de ouro, porém tortos. As plaquinhas (aqui fotografadas) testemunhavam tanta boa vontade dos amantes. Com tanta poesia serão, certamente, felizes para sempre. Fui interrompida pelo meu marido. Apressava-me. Reclamava da minha frequente distração pelos caminhos. Eu disse "You remind me of home" Ele: O quê?" Eu: "Gibbard". Ele: "OK. O estacionamento vai fechar". E antes que o tempo também fechasse, concordei que tivesse razão.
Ficou assim comprovado: só a poesia salva e com ela, a felicidade torna-se eterna.
Quer saber mais sobre o amor eterno em terras estrangeiras? Que tal uma olhada neste meu post aqui?
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