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Minha mudança para Londres

Atualizado: há 5 dias

Enfrentando o frio
Enfrentando o frio

Me mudei para Londres há mais de uma década no começo dos meus 20 anos.

Vim para cá depois de ter começado uma carreira como publicitária no Brasil. Larguei tudo para me profissionalizar como atriz. Já sabia que o 9-18h não era para mim. 


Londres
Londres

Foi uma decisão bem rápida. Já conhecia Londres por viagens de férias. Sabia que me adaptaria à grande metrópole já que nasci e cresci em São Paulo. O primeiro, e ainda latente, choque foi o inverno. Não pela temperatura, mas pela escuridão. A falta de sol, até mesmo nos meses de verão, ainda é algo que é difícil de lidar. Por do sol às quatro horas da tarde não é para os fracos.


No inverno, os dias são curtos. Às quatro horas da tarde já parece noite. Com o tempo a gente se acostuma e entende que se não se movimentar, ir na academia ou encontrar um amigo deprime. Aqui se chama depressão sazonal - é uma condição real que acontece com muita gente nessa época. Sazonal porque quando o por do sol passa a ser às seis da tarde, você se sente vivo de novo. Agora, final de março, estamos passando por essa época. As flores brotando, os passarinhos nos acordando às cinco da manhã e o sol nascendo às seis. Que loucura que é viver em um pais com estações bem marcadas.


Sob o céu azul da nova estação
Sob o céu azul da nova estação

Morar em Londres há mais de 10 anos é nunca mais pensar em dirigir um carro, é andar por uma mistura de prédios centenários e prédios modernos mas acima de tudo é morar em um só lugar e se sentir em todos os lugares do mundo. Em só um dia eu escuto, pelo menos, de três a quatro línguas diferentes do inglês.


Os ingleses são bem mais reservados mesmo, mas tive sorte porque me mudei dez dias antes de começar meu Master em atuação. Ganhei de graça um grupo de amigos da escola. E desde lá tenho amigos ingleses fiéis. 


Montando a casa
Montando a casa

O começo das amizades é um pouco mais frio, mais distante. Dei algumas furadas, compartilhei mais da minha vida pessoal do que as pessoas estão acostumadas aqui. E o nosso toque pode ser considerado “too much”. Abraços e beijos não existem no começo. As relações crescem um pouco mais devagar aqui. 


Mas acredito que no fundo, somos muito mais parecidos do que achamos. Eles só precisam de um empurrãozinho a mais em comparação a nós, já que já somos melhores amigos desde a primeira conversa.



Juliana Pflaumer é paulistana formada em Comunicação Social pela ESPM. Trabalhou como publicitária em São Paulo antes de decidir transformar sua paixão pela arte em profissão. Há uma década, mudou para Londres onde concluiu um Master em Artes Cênicas no prestigiado Drama Studio London. É apaixonada por corrida, futebol e triathlon.


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