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O Natal do agradecimento


Mulher e sol, Pixabay
Esse Natal é o meu Natal para agradecer. ( Foto: Pixabay)

Você pode estar pensando o porquê do título: o Natal do agradecimento. Ou, quem sabe, também podemos chamar de o Natal da gratidão. Até, porque parece que essa palavra está mais na moda, não é?


No entanto, o mais importante é como cheguei até aqui. Lembro bem do texto de 2019 sobre o Natal. Foi um texto de memórias de criança. Foram vozes e cheiros que vinham à minha mente que se transformaram em palavras. Foram as lembranças dos natais na casa da minha avó em São Cristóvão, bairro do Rio de Janeiro.


A nossa mente é tão interessante que nesse exato momento, enquanto escrevo, senti o cheiro das rabanadas sendo fritas na pequena cozinha da casa pequena e centenária. Era de 1911. Ouvi também a voz da minha avó me oferecendo uma rabanada ainda quente.


Outro detalhe, não tão menos interessante: não gosto de rabanada. Só gostava daquela rabanada quente polvilhada com canela que minha avó me dava. Hoje, não quero ver nem de longe.


MEU MANTRA: AGRADECIMENTO

Mãos e coração, Pixabay
Agindo com meu coração de agradecimento. ( Foto: Pixabay)

Mas, nesse estranho ano de 2020, não dá pra ficar somente com as minhas lembranças infantis. Esse ano desafiador, esse ano de dúvidas, de morte, de mudança de planos me induziu a um profundo sentimento de agradecimento.


Tenho procurado enxergar a vida através desse prisma: agradecimento. Agradecer por ter chegado até aqui viva. Por ter a possibilidade de ter ao meu alcance meios e capacidade de análise para, ao menos, procurar entender o que aconteceu.


E, é claro, o que ainda pode acontecer. Agradecer pela minha pequeníssima família, pelos meus amigos, pelas cores de cada dia, pela minha cidade.


AGRADECIMENTO PELA ÁGUA DO MAR

Praia do Leblon, Rio de Janeiro, Guiga Soares
Caminhei pelas areias da praia do Leblon numa manhã nublada. ( Foto: Guiga Soares)

Hoje, cedo, fui fazer minha caminhada nas areias da praia do Leblon. Recomendação para recuperar a força das articulações dos joelhos. A parada das atividades físicas por causa pandemia me deixou esse legado, além dos quilos a mais.


A primeira coisa que fiz ao pisar na areia foi agradecer, mesmo num dia nublado. Veio quase que espontaneamente. Que maravilha! Um presente por morar nessa cidade com tantos problemas. Mas, que me permite mergulhar meus pés às 6h30 da manhã na água fria do mar. Gratidão!


Caminhei por uma 1 hora e meia, ora na areia fofa, ora na areia mais dura. Quando acabei fiquei, sentada nos degraus da orla. Me perdi nos pensamentos. Acho que não pensei em nada. Outra dádiva. Entrei no clima da letra da Zizi Possi.


“A paz invadiu o meu coração

De repente me encheu de paz

Como se o vento de um tufão

Arrancasse meus pés do chão

Onde eu já não me enterro mais.”


Acabei despertando com os pingos da chuva que anunciava sua chegada com força.

Voltei pra casa com a certeza que de verdade esse Natal preciso continuar agradecendo. Estou aqui escrevendo para você. Dividindo minhas sensações. Que bom! Agradeço de novo.


Meu desejo é que seu Natal seja de muita paz, equilíbrio para entender as dificuldades, derrotas e, claro, vitórias de 2020. Sempre há uma lição a ser aprendida. Agradeça por isso.


Agradeça pelo Natal, mesmo longe dos entes queridos, mesmo sem aquelas festas grandes de família.


Agora, quero também agradecer a você. Você que curte nossas postagens no Facebook e no Instagram. Você que lê nossos textos. Saiba que é muito importante a sua companhia. Repetindo: obrigada!



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