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20 de janeiro, dia de São Sebastião, padroeiro do Rio de Janeiro

Atualizado: 6 de fev. de 2021


Final do Leblon, Rio de Janeiro
O nascer do sol visto do final do Leblon no verão carioca. ( Foto: Eduardo Alonso)

O dia 20 de janeiro, consagrado a São Sebastião, tem um significado grande na história da cidade desde antes da sua fundação. Os anos foram passando, os séculos avançando e o santo padroeiro ganhou cada vez mais força no imaginário e na devoção.


A cidade tem 3 igrejas devotadas ao santo: a dos Capuchinhos na Tijuca, a paróquia em Bento Ribeiro e a catedral metropolitana na avenida Chile no Centro. Além disso, a sede da Prefeitura, também na região central da cidade, ganhou seu nome: Centro Administrativo São Sebastião.


Eu sempre adorei aulas de História. Ficava imaginando como seria o nosso Rio de Janeiro séculos atrás. Até hoje, quando caminho pelas ruas mais antigas da cidade ou nos pontos históricos, me pego divagando. É uma maravilha.


Claro que esses últimos meses de pandemia me tiraram um dos meus programas prediletos. Essa cidade é um convite ao caminhar. Um convite à história dela e do Brasil. Foi capital da colônia, capital do Império Português e capital do país.


OS FRANCESES NO RIO DO SÉCULO 16


Uma esquadra francesa liderada por Nicolas Durand de Villegagnon chegou à região onde hoje é Cabo Frio em 1555. Logo depois, vieram para a área da atual cidade do Rio de Janeiro.


A ideia era fundar um estabelecimento colonial em nome da Coroa Francesa de onde seria montada uma tentativa de controle do comércio para as Índias. O objetivo era ter um posto nessa região do mundo, a França Antártica.


Os franceses por aqui ficaram de 1555 até 1567. Só foram expulsos depois de uma violenta campanha portuguesa que começou em 1560 e só terminou em 1567 numa sangrenta batalha. Os soldados foram liderados por Estácio de Sá, sobrinho do então governador-geral Mem de Sá. Ele deu nome a um bairro tradicional na região central do Rio e a uma escola de samba.


POR QUE SÃO SEBASTIÃO É PADROEIRO DO RIO


Conta a história que no dia 20 de janeiro de 1565, o comandante português Estácio de Sá reuniu o seu conselho de guerra para montar a estratégia de ataque à região. Ele era devoto fervoroso de São Sebastião, santo considerado um exemplo de coragem pela Igreja Católica e que também era padroeiro do rei de Portugal, D. Sebastião.`

São Sebastião, padroeiro do Rio de Janeiro.
São Sebastião e os fiéis em uma procissão que este por causa da pandemia não vai sair.

Durante a batalha de Uruçu-Mirim, Estácio de Sá tem a mesma sorte de São Sebastião e é mortalmente ferido no rosto por uma flecha. Alguns dias depois, Mem de Sá expulsa os franceses e os tamoios também da grande ilha de Maracajás. (A História do Rio de Janeiro, Amelle Enders)” . Um detalhe: a ilha de Maracajás hoje é o bairro da Ilha do Governador onde está o Aeroporto Internacional Tom Jobim.


Até hoje, a data de 20 de janeiro é consagrada ao militar católico que resistiu ao Império Romano na defesa dos cristãos e que se tornou padroeiro do Rio. Daí, o feriado. A fundação da cidade seria somente no dia 1º de março no mesmo ano de 1565. Ela aconteceu numa pequena praia entre o morro Cara de Cão e o morro do Pão de Açúcar. O local, hoje, pertence à Fortaleza de São João ou Forte da Urca. Já contei nesse link sobre o forte e a fundação da cidade.

Praia de Copacabana, Rio de Janeiro
Amanhecer em Copacabana: mais um dia de beleza no Rio . ( Foto: Eduardo Alonso)

No mais, como digo, tudo é história, tudo é beleza nessa cidade. Cada cantinho, cada pedra, tem um conto, uma prosa, uma história.


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