Ano novo, vida nova. Pelo menos é o que esperamos. Todos os anos, os mesmos rituais. As mesmas esperanças. Perder 3 kg, largar o emprego ou procurar um novo, fazer aquela viagem tão sonhada, realizar aquele projeto tão pensado… E em questão de semanas, voltamos à mesma rotina da qual tão ferrenhamente queríamos nos livrar. Por que?
Porque o novo e desconhecido é assustador. Porque nos acostumamos tanto ao certo e previsível, que se fizermos um “leap of faith” (literalmente um salto de fé) naquele empoeirado sonho, ele talvez possa dar errado. Ou certo, o que às vezes é ainda mais assustador. E agora?
No caso da primeira hipótese, pelo menos não tentando, teremos sempre aquela desculpa: “não tenho mais idade”; “se morasse em outra cidade”, “se fosse 10 anos mais nova”, etc, etc, etc. Mas agora que arriscamos tudo, que demos o salto pro desconhecido em busca do nosso sonho, não temos mais as velhas desculpas. Agora somos apenas nós. E agora José? - já indagava Drummond. E agora?
E agora, que apesar de todas as dificuldades e medos, eu posso olhar no espelho e orgulhosa dizer: eu tentei. Não. Eu consegui. Eu consegui vencer o hábito, aquele velho maldito, tanto responsável pelo nosso sucesso como pelo nosso fracasso. Venci os fantasmas do medo, que teimavam em predizer catástrofes.
2015 foi um ano de plantação. Assim como agora faço minhas resoluções para o ano que vem, em 2014 fiz minha lista de sonhos, e orgulhosamente realizei todos que dependiam de mim: produzi uma série e um filme, viajei pra França e Itália, fiz novos amigos e plantei ainda mais sonhos.
Para 2016, meu desejo é colher esses frutos. É ver minha família com mais frequência, afinal, o que são os sonhos sem ela ao seu lado? E claro, perder 3 kg, conseguir ir todos os dias à academia, fazer muitos filmes e séries e trabalhar como voluntária cuidando de elefantes órfãos na África (esse último tá na minha lista desde que nasci, mas não custa sonhar).
E você? Quais são as suas resoluções pra esse ano?