O arquiteto italiano, branquelo, deixou sua cidade para passar o carnaval no Rio. Conheceu uma negra linda, brasileira, advogada, se apaixonou, casou. Hoje, eles têm uma filha. Carioca, 9 anos; A engenheira americana, veio fazer mestrado no Brasil. Conheceu um moço bonito, brasileiro, carioca, filho de sueco com brasileira. Ela fez mestrado, doutorado, pós, e hoje tem dois filhos com o moço bonito. Cariocas; O alemão, designer, casou com a brasileira, atriz, professora. Levou-a embora daqui, mas, uma vez por ano, voltam ao país, onde ainda mantem um ninho, carioca, pra aquecerem as almas no sol dourado do Brasil. Eu, carioca, viajo por aí, sempre que posso, mas, quando vejo o mar da janela, e o avião pousa eu (sempre) penso: “Graças à Deus, voltei sã e salva”... Sim. Eu penso na música do Tom. Minha alma canta...
Rio de Janeiro é aconchego, é casa, é amor de berço, é porto seguro. Dói quando falam mal da terra da gente. E tem sido assim. Não falta razão a quem reclama. Uma cidade tão linda, que acolhe com generosidade, ainda assim, tem muitas falhas. Mas, pobre cidade que paga o preço do erro dos seus próprios filhos...
Foto Leandra Benjamin
Apesar dos números tenebrosos de violência, terror, horror, descaso, o Rio continua – SIM!! – lindo. E, amanhã, primeiro de março é dia dele... Eu sei que o sol vai brilhar. O Rio é assim... E é por isso que a gente ama tanto. Cuidemos das nossas casas. Coração, lar, cidade, país. O Rio é um presente. Nascer aqui é um presente. Se cada um de nós fizer o seu melhor, o Rio continuará lindo, lindo...