Longe do Rio, em Portugal, leio notícias que me inquietam. Não, não é fácil viver com um pé em cada continente.
De repente, uma amiga se vai covardemente. Que assustador... este tempo que tentam calar-nos sucessivamente é o que vivemos.
Ter medo é recuar por sobrevivência. É isolar-se por ciência. É seguir sem se adequar, resistir sem cooperar. Ter medo é saber não superar quando a ordem chega a parar. Cidades em alerta, fogo, guerra, qualquer circunstância longe da paz. Eis que tem Marielle, com coragem espontânea para gritar por um plural urgente e ardente.
Nada se quer, além de um tempo consciente onde partilhar é a moeda de sobrevivência.
R.I.P Nega vá com seu melhor sorriso.