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  • Foto do escritorGuiga Soares

Almoço no Alentejo


Alcácer do Sal, Alentejo, Portugal, de Guiga Soares
Alcácer do Sal, Alentejo, é uma surpresa aos olhos e ao estômago. ( Foto: Acervo Pessoal)

Daqueles momentos que a gente não quer que acabem. Hoje, conto pra vocês como foi esse almoço no Alentejo, a maior região de Portugal em termos de área: 31 603 m² com mais ou menos 705 mil habitantes. Ao leste, faz limite com a Espanha.


Sempre digo que algo acontece que me leva a lugares que, como já disse, nunca imaginaria ir, principalmente, nas viagens. E, mais, me permitem momentos que não quero que acabem.

Foi numa dessas curvas da vida que conheci a Tasca do Gino (foto acima). Fica na pequena cidade histórica de Alcácer do Sal de 11220 habitantes que pertence à região do Alentejo à beira do rio Sado. Fica a 100 km de Lisboa.


A cidade é uma das mais antigas do país. Fundada pelos fenícios antes de 1000 a.C fornecia sal, peixe salgado, cavalos para exportação e alimentos para os barcos que por ali passavam.


Faz parte de Alcácer do Sal, a localidade de Comporta, uma pequena aldeia que tem a tal praia considerada a mais bela da Europa. Ganhou fama depois que a cantora Madonna, na sua vida portuguesa, cavalgava nas areias claras pela extensa praia de águas tranquilas. De fato, é linda.

Ameijoas, Alentejo, Portugal, de Guiga Soares
Essas ameijoas vieram como um dos pratos de entrada. ( Foto: Acervo Pessoal)

Apesar do nome italiano da tasca, o dono, na verdade, é português e se chama Fernando. Pra começar, amei os nomes dos pratos. Lá ficamos por 3 horas. Couvert, entrada, prato principal e sobremesa: há anos não sabia o que era isso. Esse longo almoço me fez pensar o quanto perdemos por conta das comidas processadas e da rotina acelerada nas refeições.

Doce sericaia com ameixa d´Elvas, Alentejo, Portugal , de Guiga Soares
Essa é a sobremesa sericaia com ameixa d` Elvas, outra cidade do Alentejo (Foto: Acervo Pessoal)

Veja alguns nomes dos pratos que vieram à mesa: burras com migas de coentros (bochechas de porco acompanhadas um bolinho feito à base de migalhas bem temperadas de pão), sopa de tomate alentejana com ovo escalfado (ovo pochê), ensopado de borrego (carneiro), farófias (pudim de clara com calda de ovos), sericaia com ameixa d’Elvas (doce conventual tipicamente alentejano feito com ovos e canela em abundância, uma receita de outra cidade da região que batiza o doce.)


Fora o prazer da comida alentejana, foram os minutos de muito papo, troca de ideias, de conhecimento, de novidades e de satisfação que me deixaram pra lá de feliz. A companhia dos meus amigos e da minha família foi o detalhe que fez mais ainda a diferença desse almoço de domingo no Alentejo.


Agora, me pergunte o que eu comi? Garoupa grelhada e legumes salteados. Pode dizer que não fui audaciosa, que não tirei partido dos sabores típicos da comida de um almoço no Alentejo. Mas, meu prato estava muito saboroso: peixe fresco e legumes idem e, melhor de tudo, mergulhados na atmosfera de felicidade. Domingo pra ficar na história da minha vida.


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