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Ano Novo em Londres com direito a Hugh Grant

Atualizado: 4 de jan. de 2020


O ator Hugh Grant, para minha surpresa, era convidado como eu na mesma festa. ( Foto: Instagram)
O ator Hugh Grant, para minha surpresa, era convidado como eu na mesma festa. ( Foto: Instagram)

Vou contar uma história pra vocês pra começar o ano. Mais uma das minhas de Londres.


Na virada de 2001 para 2002, eu estava num pub em Notting Hill com um amor. Não chegava a ser namorado, mas era um amor, sem dúvida. A festa era fechada e fui acompanhando o tal. No decorrer do champagne, eu notei que o Hugh Grant, feito eu, também era convidado. Nas doze badaladas e no adeus ao ano velho e no welcome ano novo, recebi do ator um beijo no rosto e um "have a smashing new year, you!".

Claro, aquilo só podia ser sinal de que meu ano ia ser um estrondo! Sorte pura!

Ainda no decorrer do champagne, o tal meu amor brigou comigo e me deixou a ver navios na festa. Lá pelas duas e tanta da manhã, achei por bem voltar pra casa que era lá no sul de Londres. Notting Hill é no oeste da cidade. Portanto, estava no oposto da minha área.


Sem metrô, sem amor, só me restava pegar um ônibus. ( Foto: Pixabay)
Sem metrô, sem amor, só me restava pegar um ônibus. ( Foto: Pixabay)

Sem metrô, que fecha mais ou menos à meia-noite, o jeito era o infame night bus. Uma alternativa para os bêbados que contam as libras pra não pagar um táxi. Lá fui eu para o night bus, que tinha além de mim, uma turma de homens bêbados que teimavam em mexer comigo. Achei que o jeito era descer e esperar outro.

Trafalgar Square, ponto importante da cidade, onde desci do ônibus (Foto: Prefeitura de Londres)
Trafalgar Square, ponto importante da cidade, onde desci do ônibus (Foto: Prefeitura de Londres)

Lá, na Trafalgar Square, parei num ponto perto da Waterstones e fiquei esperando o próximo night bus pra Tooting. De repente, parou um carro com uma moça e dois rapazes. Perguntaram pra onde eu ia. Respondi a verdade. Disseram que era pra lá que iam também e que se eu queria uma carona.

Numa alucinação inexplicável, eu disse sim. E, entrei no carro. No caminho, cantavam músicas de David Bowie. Comecei a sentir medo. Não das músicas, mas dos estranhos e da besteira que havia feito.

Pensei que o Hugh Grant estava me trazendo má sorte. Rezei pra chegar em casa inteira. Feito um milagre, a turma, que eu nunca mais vi na vida, me deixou na porta de casa, esperou que eu entrasse. A menina ainda gritou: "Hey, Brazilian, happy new year!"

Hugh Grant de fato me trouxe sorte. Ufa! (Foto: Pixabay)
Hugh Grant de fato me trouxe sorte. Ufa! (Foto: Pixabay)

Que sorte impressionante me trouxe o Hugh Grant! Eu sabia que o ano era pra ser dos melhores. Terminei com aquele amor que não valia uma passagem do night bus e o ano foi um estrondo!

Então, desejo pra vocês pra começar o ano de 2020 mais ou menos isso: um Hugh Grant, no sentido figurado ou não, dependendo do que julgam importante. Mas, por favor: sejam muito felizes e cuidem-se, ok?

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