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  • Foto do escritorDo Rio pra cá

O meu Rio é da Central pra cá!

Atualizado: 28 de dez. de 2019


O Rio de Janeiro continua sendo... O Rio de Janeiro, Fevereiro e Março! É... Essa vida na Cidade Maravilhosa não está fácil. Mas vai se vivendo, sambando pra não sambar!

É aqui que eu moro! Hoje, não posso dizer que sinta orgulho da minha cidade, mas afirmo que sinto muito amor por ela! Na minha concepção, não existe cidade como o Rio de Janeiro: linda, espirituosa, amorosa, calorosa... Aqui, se encontram várias zonas de conforto... ou confronto!

Vista da favela do Urubu entre Pilares e Tomás Coelho

A minha zona é a Norte! E o meu Rio, da Central pra cá, tem diferença e é grande. O que faz a diferença das zonas é a qualidade de vida e a temperatura do sol! O Sol na Sul é mais suave, pois tem-se o mar para quebrar as altas temperaturas. E em parte da zona Oeste também. Mas, na Norte, o sol chega chegando, mostrando a que veio. Só perde mesmo para Bangu, porque na Baixada tem é dois sóis! Acho até que a Cássia Eller é de lá...

A Norte sempre foi muito colorida. O subúrbio faz uma agitação digna de cidade grande, com comércios fixos, comércios ambulantes, gente pra lá e pra cá, shopping lotados (não é sempre que rola praia!), mas, ultimamente, a coisa anda meio salgada... Segurança não está favorável, e o medo apavora o lugar. Não é mais com tanta alegria que se toma aquele choppinho de toda sexta-feira! Mas o carioca sabe levar numa boa uma tragédia. Não é fácil, mas se caminha, com cabeça erguida. As guerras dos tráficos tomam conta da cidade; a polícia não alivia, mas também acaba deixando a desejar...

Vista das torres que alegram Grajaú

O governo está perdido; o Estado, lamentável; o município, indigno. Não são bons tempos. Mas, ainda assim, não deixamos de sonhar. A esperança de um futuro melhor paira sobre nós. Esperança de um governo melhor, de uma civilização melhor... De um carioca melhor! Eu me considero rica por ter dois olhares dentro do cenário carioca: Tomás Coelho e Grajaú. Fui criada nos dois pólos, e quando digo pólo, é porque, realmente, são lugares opostos! Porque Grajaú é como se fosse a zona sul da zona norte... Entende?

Nos dois lugares têm boemia. A alegria invade os corações dos moradores e frequentadores desses bairros, mas no Grajaú tem-se uma pegada mais burguesa, enquanto que em Tomás Coelho, a periferia toma conta do ambiente.

Sou negra, sou mulher, sou periferia, sou burguesia, sou favelada, sou patricinha. Essa sou eu: um misto de variedades, em uma só pessoa, e em uma só zona: a Norte! A Zona Norte sempre foi uma zona de conforto... A minha mistura perfeita de milhares de corações batendo, sangues pulsando, e um único desejo: ser feliz, e andar tranquilamente na zona onde nasci!

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