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Copenhagen e os banheiros para os turistas

Atualizado: 24 de out. de 2019


Acredito que o que se passa comigo deve acometer a outras pessoas: onde encontrar banheiros em condições de uso quando a gente está em viagem, seja no Brasil e, principalmente, no exterior. E, pior ainda, se for no inverno. Essa angústia de busca por banheiros, em geral, acompanha mais as mulheres e, especialmente, quando são mães de crianças pequenas.

Há anos, passei por um sufoco enorme em uma visita a Paris durante um inverno. Meu filho tinha nove anos. Ele se encantou pelo leite natural francês. Achava uma delícia. Um dia, em um passeio matutino a caminho do Museu do Louvre, ele precisou fazer uso do banheiro. Estávamos caminhando perto do Boulevard Haussmann. Acho que pelo instinto materno que funciona rápido em situações de stress, me ocorreu que o melhor lugar era a loja de departamentos Printemps, que ficava bem pertinho.

Naquela época, os banheiros coletivos da loja ficavam no subsolo. Ele e eu corremos muito, mas não a tempo de evitar um desastre. Precisei colocar praticamente toda a roupa dele no lixo. Só sobrou o casaco. Como estávamos em uma loja de departamento, o deixei no banheiro (o pai ficou do lado de fora) e comprei peças novas para ele. Foi terrível. Mas, mãe é assim mesmo: passa por situações embaraçosas; precisa se virar e não demostrar desânimo em momento algum. Sem traumas. Acontece!

A pequena sereia, estátua de 1913 do personagem de um dos contos de Hans Christian Andersen, em dia nublado e de vento (Foto: Guiga Soares)
A pequena sereia, estátua de 1913 do personagem de um dos contos de Hans Christian Andersen, em dia nublado e de vento (Foto: Guiga Soares)

Esse foi um dos muitos episódios que me fizeram reforçar a ideia de que devo sempre montar um mapa mental em viagens ao exterior. Por prevenção, devo ter em mente onde encontrar banheiros, sejam em lojas, bares, restaurantes, galerias, shoppings ou mesmo em espaços públicos. Ao longo dos anos, fui desenvolvendo um sistema de checagem de banheiros (pagos ou não) das áreas que mais frequento durante as viagens. Tarefa não muito fácil. Mas, virou um hábito. E, vem servido bem, seja para mim seja para quem está comigo.


The Stork Fountain
The Stork Fountain (Foto:Guiga Soares)

Nem todas as cidades de grande movimento têm bons banheiros para o uso de turistas. Vou citar Copenhagen, na Dinamarca, como exemplo de boa estrutura para atender os turistas. Visitei a cidade no outono que fica linda com as tonalidades alaranjadas das folhas. O clima é úmido e já chove com muita frequência. O vento gelado que vem do Mar do Norte e do Mar Báltico não nos deixa esquecer de que estamos a 10.100 quilômetros do Rio de Janeiro. A atmosfera é muito diferente da que estamos habituados. Quer dizer, ir ao banheiro é uma necessidade que se repete várias vezes ao longo de um dia de passeio!


Parque Kastelet e as árvores nas tonalidades do outono dinamarquês ( Foto> Guiga Soares)

No centro da cidade, há um excelente banheiro público, pago naturalmente, numa região chamada Amagertorv. A região é somente para pedestres e ciclistas, apesar de ter um ponto de táxi. Falando nisso, estima-se que 62% da população de Copenhagen utilize a bicicleta como meio de transporte. Os banheiros ficam no subsolo da praça perto da The Stork Fountainum chafariz inaugurado em 1894.

Dessa praça, saem e chegam muitas ruas. No seu entorno, há bares e muitas lojas locais e muitas outras bem conhecidas, tais como, Zara,Victoria´s Secret, Chanel, Gucci, entre outras. Numa das esquinas, está situada a flagship store da marca dinamarquesa de joias Pandora, presente em mais de cem países, inclusive no Brasil. Em frente dela, em geral, há fila. A grife é uma mania! Nos arredores, está a megastore da Apple e o chique Illums Bolighus um centro internacional de decoração com móveis e objetos para casa, em geral com assinatura de designers renomados. Aliás, esse shopping center tem banheiros lindos para os clientes.

Vista da cidade do alto da “Rundetaarn” (Torre Redonda), torre e observatório, uma construção do século XVII
Do alto da “Rundetaarn” (Torre Redonda), torre e observatório, uma construção do século XVII (Foto: Guiga Soares)

Ainda falando em Copenhagen, os cafés, muito frequentados por jovens estudantes, também não se importam de permitir a utilização dos seus banheiros. (É interessante observar que na cidade quem estuda é muito bem-vindo, tem muitas vantagens e até descontos em lojas.) Pelo menos, comigo foi assim: nunca recebi um “não”. Pelo contrário, em uma das muitas vezes que precisei ir ao banheiro, a atendente pediu para esperar um pouquinho para que ela terminasse a limpeza.


Um dos canais que cortam a cidade (Foto: Guiga Soares)

Por lá, esse tipo de estabelecimento não tem uma equipe específica de limpeza. O local em questão foi o Espresso House. A equipe de balcão, pelo menos, dos bares, cafés e casas de chá, se divide entre o atendimento, a manutenção de toda a loja e, inclusive, dos banheiros. Enfim, A cidade é incrível. A viagem foi ótima! E, não passei aperto quando precisei ir ao banheiro. Fica a dica: visite Copenhagen! 

E não deixe de conhecer seus top restaurantes 


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