top of page
  • Foto do escritorMônica Marks

7 dicas para viver fora do Brasil


Como todos sabem, moro em Basel na Suíça. Olha, o rio Reno na foto acima. Por aqui, como em toda a Europa, é preciso trocar o jogo de pneus do carro de acordo com a estação do ano. Temos um conjunto para o inverno e outro para o verão.


Vim trocar os pneus do meu carro e acabei tendo uma conversa maravilhosa e espontâna tomando um café na concessionária.

Louise é uma kiwi, neozelandesa e com mãe de origem maori - povo nativo da Nova Zelândia. Vive na Alemanha, é casada com um alemão que morava em Manly na Austrália, país onde vivi por alguns anos. Tínhamos muitas coisas em comum.

Esse encontro gerou reflexões e sentimentos que quero dividir com você. Sei que a maioria das pessoas acha que ser expatriado é divertido, que a vida é culturalmente rica e que só há festas e decobertas maravilhoisas, etc. etc. Quer dizer, acha que tudo são flores. Não é não.

A vida é difícil e repleta de novidades positivas e negativas que precisam ser compreendidas para que a gente possa seguir em frente.


Do nosso papo, surgiram algumas dicas que compartilho com você:


  1. Nada de ser drama queen. Se acontecer um mal entendido, deixe pra lá. Esse tema é comum para quem vive fora do seu país de origem. Se aborrecer com detalhes da população e da administração local não dizem respeito especificamente a você. Não levam a nada. Fazem parte apenas da maneira como eles vivem e encaram a vida.

  2. Se você tem um amigo em algum lugar - eu tenho vários - se agarre a isso.

  3. Você pode sentir que não faz parte de nenhum lugar. Então, abra a sua mente. Não fique pra trás. Porcure ser de algum lugar. Só você pode fazer isso. Seja você.

  4. Adapte-se rapidamente. Se misture. Do contrário, você será condenado ao ostracismo.

  5. Não dá pra trazer sua cultura para este novo país e ignorar o ambiente ao seu redor? Faça então um grande esforço e una seu talento natural para conviver com o novo. É obrigatório.

  6. Citando o escritor israelense Yuval Harari: "a globalização reduziu muito as distâncias”. Ou seja, tudo pode estar junto e misturado ao mesmo tempo. Você precisa entender a nova realidade.

  7. Há problemas de primeiro mundo. Eles não devem ser descartados. Existem de fato e podem até irritar e atrapalhar a sua rotina. Não leve a sério. Observe e veja como deve atuar para não ficar triste e desapontado.

No entanto, existe uma questão mais difícil quando se vive no estrangeiro por muitos anos: o regresso e a adaptação ao seu próprio país. Nada será como quando você o deixou. Seus conterrâneos também estarão diferentes. Eles mudam mesmo se você se relaciona regularmente. Saiba: faz parte do processo.

O dia a dia irá provar que você terá que reaprender a viver no seu próprio país como se fosse um novo. É como se quase precisasse apagar aquela imagem anterior de anos atrás. É uma nova etapa da vida que você escolheu.

Mônica Marks é carioca de Ipanema. Está há mais de 20 anos fora do Brasil, ora pelo seu trabalho como modelo, ora como estudante e, por fim, pelo casamento com um escocês. Já viveu no Japão, na Inglaterra, na Austrália e voltou à Suíça há quase 3 anos. Adora fotografar e escrever sobre as experiências, as novidades e osamigos de todos os lugares por onde passa.

Para acompanhar nossas andanças pelo mundo, não deixe de seguir nosso time no Instagram e no Facebook.

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page