Me chamo Natália Gautreaux. Já estou por aqui em Lisboa há quase um ano. Vim pra estudar. Faço o curso de Belas Artes na Universidade de Lisboa. Cheguei em um momento delicado do mundo. Pandemia, coronavírus, vacinas ainda em estudo, algumas coisas abrindo, outras fechando, casa pra arrumar. Enfim, muito pra fazer, muito pra se preocupar.
Sou carioca, advogada e mudei radicalmente de vida com essa vinda pra Portugal. Minhas aulas foram na sua grande maioria online. Conheço meus amigos de turma mais através de uma tela. São janelinhas com as caras deles. Está tudo, por hora, indo bem. Já terminei o primeiro período. Meus pais vieram logo depois pra cá. A família está reunida.
Há pouco dias, eles e eu precisamos ir a Braga resolver questões burocráticas. Já havia estado na cidade, mas de carro, há alguns anos por conta de uma viagem de turismo. Dessa vez, pegamos um trem na estação do Oriente. São mais de 360 km de distância até o norte de Portugal, onde está Braga, cidade fundada pelos celtas no ano de 300 a.C
Achei o trem super bonito e confortável: parecia um avião por dentro. Esse era o Alfa Pendular que só faz algumas paradas: Coimbra, Aveiro, Vila Nova de Gaia, Porto-Campanhã, Famalicão, Nine e Braga. Chega a 223km por hora, ou mais, não acompanhei o tempo todo pra checar a mudança de velocidade.
Fizemos a viagem em 3h30 e tanto a saída de Lisboa quanto a chegada em Braga foram pontuais. Ficamos na carruagem, ou seja, vagão 6, classe turística por 62€ para ida e volta. É possível comprar as passagens online pelo site da CP (Comboios de Portugal) O link é esse!
No primeiro dia, chovia em Braga, apesar do verão. Só fomos até à “Brasileira” pra tomar um café. Voltamos e depois ficamos no hotel curtindo o quarto. No dia seguinte, saímos do hotel para os nossos compromissos e depois do checkout fomos à loja “Cheio-Cheio”, um lugar que tem de tudo com ótimos preços.
Depois passamos na “Zara” da Avenida da Liberdade para conferir os saldos. Paramos para almoçar na pastelaria “Lusitana” ao lado do Jardim de Santa Bárbara. Em seguida, rodamos o centro histórico e caminhamos até a igreja da Sé de Braga - segundo os dados históricos, foi construída a partir do ano 1509 - e ao Arco da Porta Nova – sua versão arquitetônica atual é de 1772. Depois desse passeio histórico por Braga, tomamos o caminho da estação para voltar a Lisboa também de trem.
Foi um bate-volta ótimo e por um preço ótimo também.
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